domingo, 13 de dezembro de 2009

Morre lentamente quem não viaja,


quem não lê, quem não ouve música,

quem destrói o seu amor próprio,

quem não se deixa ajudar.



Morre lentamente quem evita uma paixão,

quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"

a um turbilhão de emoções indomáveis,

justamente as que resgatam brilho nos olhos,

sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.



Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da

Chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,

não perguntando sobre um assunto que desconhece

e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.



Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo

exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.

Estejamos vivos, então!



Pablo Neruda

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