segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A caixa de Pandora

Houve um momento qualquer, num segundo, em que me perdi de mim.


Apaixonei-me pelo conceito de Amor. E esqueci que o Amor tem que ter um objecto.

E segui, cega pela minha mentira, a amar o facto de julgar que amava. Passei minutos,horas,dias,anos perdida de mim. E triste.

Não percebia como é que eu, que amava, me sentia assim.A comida não tinha sal,o Sol não tinha força e a minha Lua era pálida.As pessoas passavam por mim e não me tocavam. Nada me tocava. Olhava para a cidade feia aos meus olhos,as pessoas que arrastavam os passos pela calçada,as palavras gritadas que me feriam os ouvidos e fechava-me a tudo. E tudo fazia parte de mim. Era uma cínica ressabiada que ria de tudo sem achar piada.E olhava para tudo sem ver,ouvia tudo sem escutar,tocava em tudo sem sentir.

Tinha em mim todos os males do mundo e quando me olhava ao espelho não me respeitava. Porque...se aceitas ter em ti todos os males do mundo e não fazes nada...Bem,não podes ser grande coisa,não é?

Eu era uma caixa. A caixa de Pandora.Cheia de sonhos desfeitos,palavras amarguradas,dores sentidas.Vícios,doenças,segredos.Que não me pertenciam,mas que me doíam como se fossem meus.Tinha em mim todas as mágoas,e o meu mundo era cinzento.



Um dia cansei-me. Sentia-me tão pequena e tão frágil com todo o feio enorme dentro de mim que gritei. Subi para cima de uma cadeira e abri a boca.E dela saiu um berro que expulsou tudo o que atafulhava a minha vida,a minha caixa.

Dispararam coisas por todo o lado.Instituí o caos,declarei estado de calamidade.Parei a roda,interrompi o ciclo. Libertei-me de mim e dei um passo. Sozinha,despida de tudo,enfrentei o mundo com uma nudez programada. Estou aqui,sou eu.

Agarrei nuns poucos livros,algumas musicas e em muitos sonhos e comecei tudo de novo.Preparei-me para uma longa viagem.

Quando me sentia sozinha (sim,é possível ter saudades das mágoas quando se é solitário) fazia de conta que tinha muitos amigos. Estavam todos ali á distância de um palmo. Por vezes nem falava, limitava-me a ler as conversas dos outros como se faz num café quando se está sozinho a ouvir as velhotas falar da vida alheia. Anestesiada com estórias que não dizem nada,mas também não fazem pensar, aliás, ajudam a não pensar.

E passei assim não sei quanto tempo. Um mês? Um ano? Não sei...



De repente estou a sorrir. Surges tu e devagarinho,despertas-me a atenção...Troco frases,sorrisos...Estimulas-me.

Não sei se é pela cor das tuas palavras vermelhas ou se pelo sentido que elas fazem na minha cabeça, mas prendes-me uma e outra vez. E tenho vontade que estejas lá da próxima vez. E estás e tocas-me.

E não sei como, num sitio qualquer que não é aqui, num momento que não é real, eu estou embrulhada em ti a fazer parte de ti. E enrolamos-nos num beijo que não tem espaço de tão grande que é, e os nossos corpos encontram-se, cheios de desejo, atraídos como se de um íman se tratassem. Faço amor contigo com a alma...Apaixono-me por ti, sem saber como,nem onde e sem sequer me importar. Beijo-te com paixão,desfruto do teu corpo. Sou sedenta de ti e sei no fundo de mim mesma que isso é o que está certo. E no meio desse frenesim em que me entrego toda a ti, estendes a mão,entras dentro de mim e encontras algo que eu já tinha esquecido há muito tempo;



A Esperança...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Long time no see..

      é verdade...
      Andei por aí, ocupada em fazer rotinas e novidades e há muito que não escrevia nada.
      Mas estas não são as unicas razões... Eu, na realidade, sempre fui assim.
      Preciso de sentir aquilo por que passo e o que passa por mim e tenho tanta fome de sentir que preciso de me dar um tempo para racionalizar e encontrar a frase que define os dias. Preciso de deixar "poisar a poeira". É nestes momentos que ando mais silenciosa, é também nestes momentos que ando mais ocupada. Como diz a minha alma gémea, que infelizmente é do mesmo sexo que eu, o que é preocupante é quando eu digo nada, enquanto falo ou escrevo é sinal que tudo está bem.

     Pois bem, ocupei estes longos dias a aprender.
     Desde muito nova sempre defendi que nada acontece por acaso, tudo tem um propósito, e mesmo o que nos dói, serve mais tarde ou mais cedo, para alguma coisa.

     No meio de uma festa de aniversário de uma discoteca em Lisboa e de uma passagem de modelos no Porto, ainda houve tempo para ir ver Alice in Wonderland, para jantar com duas pessoas que amo do fundo do coração e para visitar uma cidade que já não sentia debaixo dos pés há muitos anos. Bebi duas Margueritas, umas vodka limão manhosas e algumas imperiais (em diferentes noites, claro). Voltei ao Incógnito e tirei fotos, muitas fotos, do rio que aprendi a amar, dos jardins que se atravessavam no meu caminho e de portas. Não sei porquê, mas ando a desenvolver uma fixação muito estranha por portas.
  
    Tive direito a sorrisos de várias pessoas, abraços de outras tantas e par para dançar quando me apeteceu. E mais, aprendi a ser um pouco mais humilde e a nunca mais dizer "desta água não beberei".

     Lição nº.1:

     Lembro-me da ultima vez que estive em casa do P.. Tivemos uma discussão monstruosa sobre racismo. Não foi assim há tanto tempo...
     Ele, exaltado, a usar os privilégios de quem foi amante durante 3 anos, acabou a dar um soco na mesa e a dizer:
    -Parece impossível que uma mulher inteligente como tu, com ideias abertas acerca de tudo e de todos seja capaz de afirmar que é racista!
     E eu, meia envergonhada, só era capaz de dizer, que sim, era racista, que me tornara assim em Lisboa, que não havia respeito, civismo, educação. Que cheira mal no metro e que 90% dos roubos nas minhas lojas são feitos por eles. Que não me sentia atraída por negros e isso também é uma forma de racismo,não é?
     E ele, furioso, apaixonado como é sempre que defende as suas ideias ria-se de mim como quem tem pena, como quem me aceita com todos os meus defeitos, mas com alguma mágoa, por continuar a gostar de mim embora eu fosse racista.

    Engulo aqui as minhas palavras e peço-te desculpa. Aprendi a minha lição.
    Há pessoas de todas as raças que não são educadas, nem tomam banho. Há pessoas de todas as raças que não respeitam o espaço dos outros e que não sabem outra forma de ter algo senão roubando. Há pessoas de todas as raças de quem eu provávelmente não gostaria.
   E sim, eu já me senti atraída por um negro.

   Lição nº.2:

   Há pessoas apaixonadas pelo Amor. E isto é triste, muito triste.
   Eu sei que é triste porque eu própria fui apaixonada pelo Amor durante muito tempo.
   Em princípio, creio que o correcto é apaixonarmo-nos por Alguém. Faz sentido. Amar Alguém e ser amado. Dançar quando não há musica, sorrir sem nada para dizer, apreciar cada movimento, cada respirar, cada toque. De Alguém. Ou melhor, do Outro.
   Ver o Amor que sentimos espelhado nos olhos do outro. Acabar mentalmente as suas frases. Haver um sintonia tão grande que nem é preciso falar, está lá e não há dúvidas. Não há mentiras porque não há como mentir, não há silêncios porque os silêncios estão cheios de palavras.

   Mas como eu, há pessoas apaixonadas pelo Amor. Em que não interessa quem está lá, do outro lado. Não interessa os defeitos que tem essa pessoa ou que ela não corresponda ao nosso sonho. Só interessa o Amor que julgamos sentir e que traduzimos em palavras que saiem como um vómito para justificar os nossos actos, para legitimar o Amor que queremos sentir, que amamos sentir. Custe o que custar, doa a quem doer.
   Esta é a lição que mais me custou aprender, e foi preciso encontrar alguém como eu, que está apaixonado pelo Amor, para eu ver que afinal, eu também estava apaixonada apenas pelo AMOR.

  

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Para ti...e só para ti...

     I love jattiva ruħu mal-bews tiegħek fil-għodu

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Palavras

   
      Há uns tempos para cá começei a valorizar as palavras de forma diferente.
      A verdade é que sempre fui prolixa, sempre manipulei as ideias baseada num conhecimento adquirido dos livros, e sempre fui capaz de defender até aquilo em que não acreditava sem mentir, só com a correcta utilização da palavra.
      Agora decidi não o fazer. E tenho aceitado palavras sem as analisar, sem lhes procurar o sentido mais profundo. Aceito-as tal como são: leio,juntando as letrinhas todas e acredito nelas. Azul é azul. Beijo é beijo. Carícia é carícia. Nada mais.
      E é quase como uma descoberta, porque simplifiquei a ideia transmitida pela palavra até ao seu mais pequeno significado.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Dia de Sol




domingo, 17 de janeiro de 2010

Keats

   Hoje fui mais uma vez ao cinema. Fui ver Bright Star da Jane Campion e chorei. Quase duas horas de êxtase visual acompanhadas de uma história de amor e os poemas de Keats. Mais uma vez, a vida arrastou-me para olhar para ela. Mais uma vez, fui sacudida pelos ombros enquanto me gritavam aos ouvidos:

                                                                      OLHA!

                                                                      SENTE!

                                                                      VIVE!



A thing of beauty (Endymion)






A thing of beauty is a joy for ever:

Its lovliness increases; it will never

Pass into nothingness; but still will keep

A bower quiet for us, and a sleep

Full of sweet dreams, and health, and quiet breathing.

Therefore, on every morrow, are we wreathing

A flowery band to bind us to the earth,

Spite of despondence, of the inhuman dearth

Of noble natures, of the gloomy days,

Of all the unhealthy and o'er-darkn'd ways

Made for our searching: yes, in spite of all,

Some shape of beauty moves away the pall

From our dark spirits. Such the sun, the moon,

Trees old and young, sprouting a shady boon

For simple sheep; and such are daffodils

With the green world they live in; and clear rills

That for themselves a cooling covert make

'Gainst the hot season; the mid-forest brake,

Rich with a sprinkling of fair musk-rose blooms:

And such too is the grandeur of the dooms

We have imagined for the mighty dead;

An endless fountain of immortal drink,

Pouring unto us from the heaven's brink.



John Keats

(1795-1821)

O meu mundo


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010



IF YOU ARE SO HAPPY,WHY DO YOU LOOK SO SAD?


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

   Vou andando por entre as coisas.
   Desvio-me do que me magoa. Do que me desconforta.
   Caminho por entre as pessoas e ouço-lhes as vozes, mas não percebo a língua.
   Escondo-me em óculos escuros e tapo os ouvidos com música muito alta. Ólho para o que me rodeia e vejo tudo, só para não ver dentro de mim.
   Racionalizo a minha vida: isto é por causa disto, aquilo por causa daquilo. Estratifico sentimentos, catalógo ideias, divido desejos. Ponho etiquetas e arrumo tudo em caixas com avisos de FRÁGIL de ponta a ponta. NÃO MEXER!
   Por vezes, volto a rir às gargalhadas. Volto a sentir o toque de um homem. A partilhar segredos de sedução e desejo. A sentir pele contra pele e o bater de um peito encostado a mim. E aí, nesse instante, liberto-me e baixo a guarda e permito-me soltar a imaginação. Porque nada me pode magoar naquele instante. Estou protegida num abraço à minha dor.
   Estou farta de sentir que perdi alguma coisa pelo caminho, que houve algo que me escapou. Sentir que fiz o mais certo, mas não o mais correcto.
   Vou andando por entre as coisas com medo delas, porque já não sei vê-las com olhos inocentes, porque já não sei olhar para elas sem pensar em outra coisa.
  

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

João Negreiros

   Não consegui resistir.Encontrei palavras dolorosas de tão belas.Ideias que me fizeram parar e ler letra a letra para que não deixasse escapar nenhuma,para que todas entrassem em mim,na minha cabeça ,no meu sangue e se fixassem em todos os recantos que fazem de mim uma pessoa.
  


tu messias mais








se ninguém te quiser ouvir grita

escala um arranha-céus e diz tudo

até que as entranhas se esvaiam em acordeões

até que sejas impossível de ignorar

e se te baterem bate a mais portas

e se te baterem mais usa a testa como aríete e entra-lhes nos pensamentos

tu sabes que tens razão

tu tens sempre razão

tu vais salvar toda a gente de si própria

tu sabes o segredo que lhes vai mudar as vidas

tu és o sopro que lhes falta quando assobiam

o som da trombeta

o guizo do chapéu

o rasgo do papel

o mago da magia

o marco do correio

o pico do cume

a água do dromedário

tu vieste para ajudar

tu só queres ajudar

então porque não te deixam?

porque não te sopram carinho ao ouvido e te chamam nomes feios que tu sabes não serem da tua família nem da afastada

a sociedade também foi feita para ti

um bocadinho foi

um buraquinho foi

porque não te deixam entrar lá?

porque não te deixam estar lá?

querem-te à chuva e ao frio

sem amigos

sem calor

sem pão

sem sal

não te dão nem um naco da tua própria carne

nem a luz do teu quarto

nem o silêncio da tua mente

e tu aceitas?

e tu ficas-te?

e tu não protestas?

seu banana

seu falhado

seu funcionário sem sindicato

sua mulherzinha que nunca votou

sua criancinha que limpa o prato

seu homossexual não assumido

seu cão sem pulgas

seu cabrão sem cornos

seu tronco sem pau

seu pau mandado

seu arado sem terra

seu dinossauro radioactivo sem cidade japonesa

seu lamparina sem petróleo que foi inundar uma gaivota

seu cabeça sem capacho

seu diamante

seu bruto

seu papa-açorda

seu caramelo

seu lambe-cus

seu

seu

seu

seu és tu

seu és tu ouviste

seu é contigo

seu é para ti acorda

já é noite

já foi dia

amanhã vai ser tudo isso outra vez e tu estás ao relento

não tens onde ficar

não tens lugar na terra e ninguém to vai dar se não esgravatares

procura

pede

come

ataca

implora

arrasta-te

resvala

escorrega

assusta-os

ignora-os

tu sabes que tens razão

e a tua razão é respirar

se respiras tens direito à vida

se tens direito à vida tens direito a chorar

se tens direito a chorar tens direito a voz

se tens direito a voz tens direito a que te ouçam

se tens direito a que te ouçam tens direito a dizer algo que lhes mude as vidas

se tens direito a dizer algo a que lhes mude as vidas tens direito a mudar também a tua

não peças respeito

nasce respeitado

não implores por dignidade

apregoa a dignificação do Homem

não mendigues comida

acaba com a fome

não protejas os teus filhos

protege todos os filhos

não procures uma religião

faz o que um Deus bom faria

não ouças tudo o que te dizem

ouve todos os que falam

tens direito ao teu canto

e o teu canto é o de mudar tudo

tu podes mudar tudo

tu deves mudar tudo

tu sabes mudar tudo

repara nas pessoas e muda-as para melhor se elas quiserem

aproveita para ires melhorando também

dá-te como se fosses de borla

não peças nada em troca mas dá com um sorriso mais rasgado a quem te der um beijo no fim

não tenhas medo que te interpretem mal

aliás não tenhas medo que te interpretem

aliás não tenhas medo

guarda o melhor para os outros e o pior para ti

mas não sejas cruel contigo que és o único que tens

tens que ter noção do teu papel

e o teu papel é duro como se embrulhasse pregos ou cacos que não queremos nas mãos do senhor da recolha nem nos dentes do gato vadio

o que tu vais fazer agora porque é o único tempo que te pertence é mudar

mudar até que nada fica igual

até que esteja mesmo do agrado de todos

mas se por acaso no meio do teu percurso de conflito e mudança

no meio da tua jornada de luta pelo bem encontrares algo de profundamente belo

não lhe mexas

não lhe toques

pega numa cadeira de praia monta-a e senta-te calmamente a apreciar







João Negreiros,

in "a verdade dói e pode estar errada"

domingo, 3 de janeiro de 2010

Até parece mentira...

    Isto é estranho, muito estranho. Mas a verdade é que , de repente, acontecem-me coisas boas, muito boas. Quando penso que a minha vida está em baixo, enquanto faço o luto de um amor triste e tento sobreviver com os cacos que me restaram de uma relação despedaçada, acontecem-me constantemente coisas boas.
    Hoje conheci uma pessoa. Ou seja, tenho a certeza de que conheci uma amiga. Passei parte da manhã e toda a tarde a conversar e a aprender. Mexi em matérias que me eram estranhas há muitos anos, criei algo e deixei a imaginação voar. Esculpi e modelei. Intoxiquei-me com o cheiro a cola e mexi silicone como se não houvesse amanhã. Senti as texturas, os cheiros e ouvi a voz dela a traduzir-me um poema em espanhol duma musica que tocava no cd. Embalei-me nessa voz e deixei-me levar por ela.                 
     Garantidamente, qualquer pessoa conseguiria tudo de mim se mo tivesse pedido com aquela voz, naquele momento. Ri-me com vontade e vi fotos minhas tiradas no momento em que quase não me reconheci por parecer tão feliz.

    Passei o dia com alguém que é professora por paixão e amiga porque não sabe ser de outra maneira.
  

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

SWEET HAPPINESS COMES
IN SMALL DOSES !

Passagem de Ano

 Vesti um vestido que não é preto e senti-me linda.
Aprendi a dançar alguns passos de danças de salão: bolero e salsa. Dei um jeitinho na valsa e prometi que iria a um baile.
  Cantei até ficar rouca e hoje dói-me a garganta. Ri-me ás gargalhadas e senti-me feliz.
  Falei e dançei com quem não conhecia. Adorei a simpatia do C. e do outro de quem não sei o nome.
  Na verdade diverti-me tanto que nem dá para comparar com outras passagens de ano do meu passado recente.
  Fui testemunha de um amor bonito e complicado como todos os amores bonitos.

  Obrigada Cláudia e António, vocês nem imaginam o que significou para mim a noite que me proporcionaram.

A beleza em estado puro.

Três pessoas lindas;
Uma conversa despreocupada feita em duas línguas estrangeiras;
A liberdade de poder optar sentirmo-nos bem;
Velas a iluminar a sala;
Radiohead e Anna Domino;
A sensação de querer parar o momento:
A imagem que me vai ficar para sempre gravada na memória.

Assim foi o penúltimo dia daquele que considerei o pior ano da minha vida.
Fica-me a esperança de que este fim seja a promessa do que vai acontecer em 2010.

Obrigada.